PASSAGEIRO ACABA DE ENCONTRAR UM DOS BANDIDOS QUE O AGREDIRAM DENTRO DE UM COLETIVO HORAS ANTES.
SÓ QUE DESTA VEZ, ACOMPANHADO DE POLICIAIS MILITARES.
(Infelizmente esta história é real, mas os agressores não foram encontrados e "deram" ao autor deste monólogo a oportunidade de expor todo o seu desejo naquele momento, através da arte) Segue:
Olha pra minha cara filho da puta.
Não consegue me encarar né? Agora não consegue.
(ao policial) Não, leva ele agora não, peraí… deixa ele aqui, só um pouquinho.
Tava todo corajoso… gosta de falar gritando com mulher né?
tira a máscara agora pra falar…
(ao policial) O senhor pode ajudar ele a tirar a máscara por favor…
ele tava sem máscara quando falou gritando com ela.
Assim é melhor né… se sente melhor assim?
Ele tava assim quando me socou… sem eu esperar… esse filho de uma puta.
Ela só tinha pedido pra ele colocar a máscara pra continuar vendendo a bala dele sem colocar a vida de ninguém em risco nessa pandemia, só isso… só isso.
Vocês andam tudo em gangue né? Deve ser mais fácil de peitar qualquer um… pra extravasar um pouquinho?
(se aproxima, quase tom de sussuro, sarcástico, intimidador) Quero ver fazer isso sozinho, no mano a mano como você disse.
Agora eu entendi porque tava todo corajoso. Devia ter mais uns 3 ou 4 ali contigo, né?
Ou um só, o que me bateu primeiro?!
Sabe o mano a mano? Agora é manos a manos.
Ah se eu pudesse.
Se tu toca na minha mulher…
(respira) Leva ele por favor… tira esse lixo daqui.
Autor - Hellon Rocha (Nunca reaja!)
(nº 059)
